inconsistência leve

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Minha relação com as palavras

Às vezes as palavras me “pegam” desprevenida. Elas vêm quando menos espero, afoitas para serem escritas e para ficarem marcadas no papel. Tem horas que eu as chamo, mas nenhuma vem. Hoje, concluo que elas são um pouco temperamentais. As palavras pedem atenção e carinho e, colocando um pouco de amor, elas saem doces como mel. Mas uma coisa tenho em mente: quando as palavras aparecem, você tem que mostrar amizade, humildade e deixá-las sem vergonha para vir naturalmente. Eu e as palavras somos uma só, caminhamos lado a lado. Há momentos em que eu fico com preguiça de escrevê-las, mas elas me carregam e me ajudam a chegar ao fim. A nossa relação é um caso de amor profundo e não há nada no mundo que possa se igualar. Com as palavras tenho liberdade para escolher o que quero fazer. Posso escrever um texto, um poema ou uma canção. Seja o que for elas me apóiam e mostram fidelidade, por esse motivo não posso viver sem elas. Sempre estou com um lápis e um papel por perto caso elas queiram aparecer para brincar um pouco. Afinal, além de tudo, as palavras adoram se divertir. Fazem jogos, se fantasiam de outros significados e brincam de se esconder atrás de pronomes. A vida com as palavras é uma brincadeira sem fim e uma coisa é certa: delas não posso me esquecer, pois cedo ou tarde elas vêm atrás de mim.

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